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Li a postagem da R. sobre a dificuldade e o desespero de avançar no(s) idioma(s) que se estudam.

Num dos comentários o M. escreve que pessoas como ela e o C. são uma grande inspiração com o nível a que tinham chegado ao ter estudado sós. Concordo absolutamente.
Não é a primeira vez que digo que a fluidez numa língua como o turco, hebraico ou chinês(vendo o K., que com certeza vai progredir mais e mais), persa ou tagalog era meu desejo também. Na verdade, doutra parte, nunca consegui preservar o interesse e a paixão para permanecer no hábito de estudar que havia construido ao ocupar-me com uma língua (nem importa qual). A única língua com qual tenho contacto, digamos, constante é o português, graças ao M. e mais recentemente doutras pessoas e grupos no face. O polonês  está na segunda posição – os meus contactos com gente que fala esse idioma nas redes sociais não são tão intensivos, mas leio muito mais literatura e artigos para manter e expandir o vocabulário (muitas vezes, aliás, sem buscar as palavras em dicionários). Mesmo que queira tanto avançar no tagalog, não consegui  suster o interesse que ressuscitou no começo deste verão.

Porque é que escrevo isso. O que é mais interessante para mim na minha aprendizagem do português é que na realidade não fiz eu muitos esforços e constantes em usar livros como por exemplo fazia com outras línguas. Nem tinha gente com quem falar.Comecei a falar faz dois ou três anos e alguns disseram que tenho muito bom sotaque de Lisboa. Que é muito bom e inspirável. Uma grandíssima parte nesse processo tem sido o M. que corrigia quase tudo o que eu escrevia. Agora entendo que talvez a maneira mais efectiva para aprender uma língua para mim seja construir (escrever ou falar de fora) textos nesse idioma. De outra parte, às vezes não me sinto seguro nas construções que uso e o problema de vocabulário permanece – fico com muita certeza que uso um círculo fechado de palavras e expressões que não mudam de postagem  em postagem.

[Graças ao L. pelas correcções]

(…)

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